domingo, 27 de dezembro de 2009

Lula traz popularidade recorde ao PT



PT entra no ano eleitoral de 2010 como a maior popularidade de sua história. Um em cada quatro eleitores brasileiros diz ter preferência pelo Partido dos Trabalhadores.


É o maior porcentual de simpatia alcançado por qualquer agremiação partidária nacional nos últimos 20 anos. E a razão desse neopetismo é a boa avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Levantamento feito pelo Estado com base em pesquisas Datafolha desde 1989 mostra que, nas últimas duas décadas, o PT multiplicou por quatro a sua área de influência: saiu de 6% para 25% de preferência entre os eleitores brasileiros.

Mas foi um caminho com muitos altos e baixos. Nem sempre a popularidade se transformou em votos para a legenda.

Na primeira década após a retomada das eleições diretas para presidente da República, o PT foi o maior favorecido pela dramática perda de popularidade do governo Collor.

O impeachment do presidente que havia derrotado Lula em 1989 criou uma imagem para parte do eleitorado de que os petistas eram fiscais da corrupção. A sigla chegou a 17% de preferência em dezembro de 1992, tecnicamente empatada com o PMDB (19%), então o partido mais popular do País.

Sob efeito das manifestações de rua dos cara-pintadas e com esperança renovada na política, mais brasileiros do que em qualquer outra época recente declaravam ter simpatia por alguma agremiação partidária, fosse ela qual fosse: 58%.

O período seguinte, porém, foi de refluxo para todos os partidos, com exceção do PSDB.

A recusa em participar do governo de Itamar Franco e a aposta no fracasso do Plano Real custaram ao PT uma regressão a apenas 9% das preferências em dezembro de 1994.

A partir daí, os tucanos se consolidariam como a terceira legenda em popularidade, embora não tenham conseguido usar o governo FHC para ultrapassar a barreira dos 6% de preferência.

Após a reeleição de Fernando Henrique Cardoso e a imediata desvalorização do real, em 1999, o PT voltou a crescer no imaginário do eleitorado. E, pela primeira vez, ultrapassou o PMDB na preferência partidária.

Após alguns solavancos nos meses seguintes, o partido entrou no novo século com 21% de citações e dez pontos a mais que o segundo colocado.

A eleição de Lula em 2002 e a posterior implantação de programas populares de combate à fome e disseminação do crédito renderam ao PT seu patamar mais alto de preferência até então - 24% de citações em dezembro de 2004. Aí vieram os escândalos de corrupção envolvendo o partido.

O mensalão, em 2005, e os "aloprados" petistas em 2006, às vésperas do 1º turno da sucessão presidencial, fizeram despencar a popularidade do PT, que bateu em 16% em setembro daquele ano.

Mas a desilusão dos eleitores foi tão grande que ninguém se beneficiou da queda. Nesse mesmo mês, dois em cada três brasileiros diziam não ter preferência partidária, um novo recorde de desinteresse pela política.

Desde então, o segundo mandato de Lula foi marcado, no imaginário do eleitor, por uma onda econômica que permitiu a queda do desemprego, o aumento exponencial do consumo das classes C e D e a superação da crise financeira mundial de maneira inédita pelo Brasil.

Os recordes de popularidade do presidente e de seu governo foram acompanhados pela recuperação da preferência pelo PT.

O partido parece ter ficado imune ao desgaste de novas acusações de corrupção. Cresceu nove pontos em três anos e bateu o recorde de preferência partidária das últimas duas décadas.

Foi ajudado pela inércia dos adversários. O PFL, mesmo virando DEM, viu sua preferência, em 20 anos, minguar de 4% para 1%. O PSDB não passou de 8%, mesmo patamar do PMDB.

Embora seja um capital importante, o crescimento não é garantia de sucesso automático nas eleições de 2010.

Os neopetistas são os mais entusiasmados com o governo, mas muitos mostram alto grau de desconexão com o partido. A dez meses da eleição, só 14% dos que declaram preferência pelo PT afirmaram espontaneamente que pretendem votar na petista Dilma Rousseff para presidente.

Depois de serem apresentados aos nomes dos presidenciáveis, esse porcentual subiu para 44%. Ainda assim, há 23% que preferem o tucano José Serra, 13% que vão de Ciro Gomes (PSB) e 8% que citam Marina Silva (PV).

Entre agosto e dezembro, a intenção de voto dos petistas na ministra cresceu de 8% para 14% na espontânea e de 36% para 44% na estimulada. Para Dilma, ainda há mais da metade de simpatizantes do partido a conquistar. Eles são o caminho mais rápido para incrementar a sua posição nas pesquisas. José Roberto de Toledo é jornalista especializado em reportagens com uso de estatísticas e coordenador da Abraji

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

LULA FAZENDO O BRASIL DE TODOS OS BRASILEIROS!



Dieese: Desemprego recua pelo 4º mês seguido nas regiões metropolitanas


A taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas do País recuou de 13,7% em outubro para 13,2% em novembro, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com a Fundação Seade.

Mínimo vai a R$ 510 a partir de janeiro, maior valor real dos últimos 25 anos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (23) a medida provisória que aumenta o salário mínimo de R$ 465 para R$ 510 a partir de 1º de janeiro. O reajuste equivale à variação da inflação de 2009, mais o índice do PIB do 2008.

A mesma MP prevê que a fórmula de reajuste (inflação + PIB) valha também para 2011, dando prosseguimento à política de valorização do mínimo iniciada ainda no primeiro mandato do presidente Lula

Com o reajuste, segundo cálculos do Dieese, o mínimo terá o maior valor real desde 1984. Em valores de novembro (deflacionados pelo IPV), o salário atingiu, naquele ano, R$ 520,09. Já o menor valor foi registrado em 1995, no governo FHC.

No Natal dos catadores, Lula anuncia política nacional para a população de rua

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (23) decreto instituindo a Política Nacional para a População de Rua. A cerimônia aconteceu na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo, durante o tradicional Natal dos catadores de papel, que todo ano conta com a presença do presidente.

Segundo Lula, o decreto servirá para garantir a promoção dos direitos humanos, civis, políticos, econômicos e sociais dessa população.

O presidente disse que faz parte da política implantar centros nacionais de referência em direitos humanos em todo o país.

"Significa que vai ter um local em cada Estado e, quando acontecer um desrespeito aos direitos humanos, vocês não vão ter que ficar como uma barata tonta, porque terão um centro de referência onde poderão encontrar alguém para ajudar vocês."

Lula assinou também um convênio que doa dois prédios no centro de São Paulo para atender à demanda por moradia popular reclamada pelos movimentos sociais.

Lula homologa 9 terras indígenas, em área de mais de 50 mil quilômetros quadrados

Uma área de mais de 50 mil quilômetros quadrados --equivalente a 34 vezes o tamanho da cidade de São Paulo-- foi confirmada como território indígena. O decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aumenta o volume de floresta protegida no país, será publicado na edição de hoje do "Diário Oficial" da União.
A maior das nove terras indígenas homologadas ontem é a Trombetas Mapuera, no Estado do Amazonas. Mede quase 40 mil quilômetros quadrados, mais do que o dobro da área da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, objeto de disputa no STF (Supremo Tribunal Federal) neste ano.

A segunda menor terra indígena homologada ontem é provavelmente a que mais renderá polêmica. Arroio-Korá fica em Mato Grosso do Sul, em terras disputadas por fazendeiros.

LULA, a Personalidade do mundo de 2009.

Pela primeira vez em sua história, o jornal francês Le Monde decidiu eleger este ano sua "personalidade do ano": o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal, a equipe optou por uma pessoa "cujo trabalho e reputação tomaram uma dimensão internacional."


Segundo o jornal, o presidente recebe o prêmio por "sua carreira singular do antigo sindicalista, seu sucesso na condução de um país tão complexo como o Brasil, sua preocupação com o desenvolvimento econômico, luta contra as desigualdades e defesa do ambiente."


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PESQUISAS ELEITORAIS PARA 2010



Roseana lidera

Pesquisa Sensus, no Maranhão, entre os dias 12 e 16, indica o favoritismo da governadora Roseana Sarney (PMDB) à reeleição, com 49,8%. Jackson Lago (PDT) tem 24,6% e Flávio Dino (PCdoB) 10,1%.

Dilma na frente

O Instituto Sensus mostra que no Maranhão Dilma Rousseff (PT) já lidera a corrida presidencial, com 39%, seguida de José Serra (PSDB) com 24%, Ciro Gomes (PSB) com 15% e Marina Silva (PV) com 4%.


Datafolha: Wagner está na frente na Bahia

Folha de São Paulo

“O atual governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), lidera as intenções de voto para a sucessão estadual em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, com índices que vão de 39% a 43%. Seu principal adversário até o momento é o ex-governador Paulo Souto, do DEM, que varia de 22% a 25%.

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), que rompeu sua aliança com o governador em julho, tem de 10% a 13%. No principal cenário, Wagner tem 39%, contra 24% de Souto, 11% de Geddel e 1% de Hilton Coelho (PSOL). A margem de erro é de três pontos percentuais.”


Eduardo Campos vence no 1º turno, mesmo com Jarbas

Folha de São Paulo

“O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), seria reeleito hoje em primeiro turno, mesmo na hipótese de um confronto direto com o ex-governador e senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), tido como seu maior adversário.

É o que revela pesquisa Datafolha realizada no Estado entre os dias 14 e 17 deste mês. O levantamento, feito com 1.037 entrevistados e com margem de erro máxima de três pontos percentuais para mais ou menos, mostra vantagem de Campos superior à metade mais um do total de votos nos quatro cenários com diferentes adversários pesquisados pelo instituto.”

No Ceará, Cid Gomes lidera em todos os cenários

Folha de São Paulo

“O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), lidera todos os cenários da mais recente pesquisa Datafolha sobre a sucessão estadual e tem vantagem superior a 20 pontos percentuais em relação ao nome que chega mais perto de sua marca, o tucano Tasso Jereissati.

Nos quatro cenários pesquisados pelo instituto, Cid tem marcas que vão de 44% a 53% das intenções de voto.”

Não é por nada não. Mas está feia a coisa para o PSDB/DEM pelas amostras das pesquisas. Vou dar uma sugestão para a oposição. Bate no governo Lula, no PT, bate com gosto, bate muito. É o caminho mais fácil do Brasil ficar livre da oposição feroz e virulenta, que tanto atrasa o crescimento do país.

TA TUDO DANDO CERTO!
E  VAI SER MELHOR AINDA EM 2010!
 

FELIZ NATAL...
FELIZ ANO NOVO COM DILMA EM 2010

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

PT vota proposta de plebiscito sobre Constituinte em 2010!



Consulta, que precisa ser aprovada pelo Congresso, seria feita no mesmo dia da eleição. Objetivo é transformar a reforma política em tema da campanha; deputados devem usar tempo na TV para falar sobre o assunto


FÁBIO ZANINI - DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT decidiu transformar a reforma política em tema da campanha eleitoral de 2010 e, em seu congresso nacional, em fevereiro, votará uma proposta de realizar um plebiscito sobre o tema no mesmo dia da eleição presidencial do ano que vem. Nesse mesmo congresso será lançada oficialmente a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O autor da ideia do plebiscito é Francisco Rocha, um dos principais ideólogos da ala que controla o partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB). A CNB acaba de vencer com folga a eleição para renovação da direção petista e, na prática, controlará a campanha de Dilma. A esse grupo, além do presidente Lula, pertence o ex-senador José Eduardo Dutra, que em fevereiro será empossado presidente do PT e coordenador da campanha.

Recentemente, uma proposta semelhante de plebiscito para reforma política foi apresentada pelo deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE). Além da proposta do plebiscito, o congresso deverá votar e aprovar uma sugestão do próprio Dutra de reservar parte do horário eleitoral de rádio e TV para que deputados da legenda defendam a reforma política.

"Esse assunto [reforma política] o Congresso Nacional só vai votar se houver pressão de fora para dentro", diz Dutra. Nos últimos três anos, a Câmara dos Deputados por duas vezes colocou em pauta temas como financiamento público de campanhas, voto em listas partidárias, fim das coligações proporcionais, cláusula de barreira e fidelidade partidária. Nas duas vezes, as propostas foram derrubadas por forte oposição suprapartidária.

O PT, desde 2007, defende uma Constituinte exclusiva para tratar do assunto, mas sempre pela via parlamentar, ou seja, a partir da aprovação de uma emenda constitucional. Vários de seus líderes vêm chegando à conclusão de que apenas o caminho congressual não basta. "Já apoiamos a tese da reforma política há algum tempo, mas não prosperou muito. Tem que haver um movimento que inclua a sociedade civil", afirma Francisco Rocha.

Ele diz que ainda está fazendo consultas dentro e fora do partido sobre os termos exatos da pergunta, que possivelmente faria referência à tese de uma Constituinte só para a reforma. Para que o plebiscito ocorra, é necessária a aprovação de um projeto de decreto legislativo pelo Congresso, por maioria simples na Câmara e no Senado. Apesar de a proposta ser realizá-lo no mesmo dia do primeiro turno (3 de outubro), a consulta não interfere diretamente na eleição. É desnecessário, portanto, aprová-lo com um ano de antecedência.

O prazo também não é tão exíguo quanto parece. Da última vez em que houve um plebiscito, sobre a proibição da venda de armas, a aprovação pelo Congresso se deu em julho de 2005, e a consulta foi feita em outubro do mesmo ano. "Reforma política só acontece com o envolvimento da população. Ou a gente busca uma forma de envolver a população, ou a reforma não sai", diz o deputado José Genoino (PT-SP).

Nos bastidores do partido, admite-se que é difícil um plebiscito ser aprovado pelo Congresso no ano que vem. O PT pretende fazer um gesto político já na campanha, atrelando o tema à imagem de Dilma. E apostando que sua representação e a de aliados vai crescer na próxima legislatura, quando então seria mais realista aprovar as propostas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ah, se meu panetone falasse...




O governador de Brasília tornou-se um ativo tóxico para o DEM, capaz de contaminar o PSDB


ELIO GASPARI



É SEMPRE a mesma história. Apanhado, o magano chantageia seus pares ameaçando contar o que sabe. O tempo passa, ele mede as consequências, sai de fininho, e restabelece-se a paz no andar de cima. (Se for o caso, o DEM, ex-Arena, ex-PDS, ex-PFL, muda de nome.) Em 2001, quando foi apanhado no episódio da violação do sigilo do painel eletrônico do Senado, José Roberto Arruda ameaçou contar o que sabia caso fosse deixado ao relento. À época ele era um quadro do PSDB e líder do governo de Fernando Henrique Cardoso no Senado. Arruda recebeu a visita de dois grão-tucanos, renunciou ao mandato de senador, escapou da cassação e foi cuidar da vida.

Ah, se o Arruda falasse... Em 2001 ele poderia ter contado como se formaram as maiorias parlamentares do tucanato. Algumas, como a da reforma da previdência, nasceram da troca de favores, outras, como a que permitiu a reeleição dos presidentes, governadores e prefeitos, precisaram de mais alavancagem. É verdade que Arruda nunca soube tanto quanto o ministro Sérgio Motta, mas soube bastante.

A crise dos pacotes de dinheiro nas meias de um deputado, na cueca de um dono de jornal e na bolsa de uma educadora transformou Arruda num ativo tóxico. Ele e o senador Eduardo Azeredo, denunciado pelo caixa dois do tucanato mineiro, tornaram-se fiéis depositários do patrimônio de maus costumes da oposição. Às pizzas da nação petista, José Roberto Arruda contrapôs os panetones.

Arruda sabe que as versões apresentadas por seus advogados e pelos seus colegas são pouco mais que um exercício de escárnio. Esse foi um estilo consagrado pelos petistas quando criaram a figura dos "recursos não contabilizados". Quatro anos depois do estouro do mensalão, os companheiros estão protegidos, alguns com mandato, outros com posições na direção partidária, todos com acesso a gestores de fundos capazes de se comover com uma história de abandono.

Arruda, com as meias e as cuecas de seus aliados, é uma conta que deve ir para o DEM, respingando nos seus tradicionais parceiros do tucanato. Não é justo falar em mensalão numa hora dessas, mas a sorte pregou uma peça ao novo presidente do PT, o comissário José Eduardo Dutra. No mesmo dia em que as bandalheiras de Brasília chegavam ao café da manhã da choldra, ele deu uma entrevista à repórter Vera Rosa e disse o seguinte: "Em toda eleição há o risco de você ter desvios, caixa dois. É inerente ao modelo". Dutra acha que essa inerência do modelo só será resolvida instituindo-se o financiamento público nas campanhas eleitorais. (Será que o companheiro acha que com financiamento público a rapaziada de Brasília estaria saciada?)

Em 2001 Arruda tinha a rota de fuga da renúncia. Agora essa porta perdeu a funcionalidade, pois, se for posto para fora do DEM, ele não participa da próxima eleição. Se o Ministério Público e a Polícia Federal conseguirem a colaboração de mais um ou dois deputados distritais, os doutores (inclusive Arruda) terão motivos para temer a cadeia.

O desembaraço dos mensaleiros de todos os partidos não será inibido por reformas políticas. A única coisa de que bandido tem algum medo é da cadeia. Esse nobre sentimento pode levar alguns sabiás a gorjear diante dos procuradores ou dos delegados.