sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Os empregos que o governo Lula criou

A geração de empregos talvez seja um dos indicadores mais importantes do desempenho de um governo. O emprego é o motor da economia. De um lado, revela muito sobre como estão os setores de comércio, indústria e serviços e, de outro, mostra que o dinheiro está chegando às mãos dos cidadãos, estimulando o consumo e fechando o ciclo virtuoso.

Emprego em alta significa investimentos públicos e privados maiores. No Brasil, representa a reorganização do serviço público como um todo, envolvendo Saúde, Educação, Segurança e Justiça.

Não por outra razão a questão do desemprego tem sido preocupação constante no mundo, especialmente após a maior crise econômica internacional desde 1929.

Em seu relatório “Tendências Mundiais do Emprego”, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) informou que o índice de desemprego na população economicamente ativa foi de 6,6% em 2009. São 212 milhões de desempregados, recorde desde que o estudo foi iniciado.

Segundo a OIT, do despontar da crise, em 2007, até o ano passado, foram 34 milhões de desempregados a mais no mundo. Para 2010, a perspectiva não é animadora: estima-se em 7% a taxa de desemprego mundial, ou mais 16 milhões de pessoas.

Os dados confirmam que o cenário brasileiro é diferenciado. Exemplo de enfrentamento da crise econômica, o Brasil conseguiu criar novos postos de trabalho em 2009, destoando do restante do planeta. As medidas adotadas pelo governo Lula foram responsáveis por evitar o desaquecimento da economia e levar à criação de quase 1 milhão de empregos (995.110, dados do Caged).

O cenário positivo vale também para 2010. A previsão do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é de geração de 100 mil novos empregos em janeiro e de 2 milhões até o final do ano.

A expectativa positiva se sustenta por conta dos impactos na economia local dos programas sociais, do aumento real do salário mínimo e dos benefícios da Previdência, além da reorganização dos serviços públicos.

Certamente os resultados de geração de emprego ao longo de seus dois mandatos pesaram na escolha de vários veículos de comunicação europeus e norte-americanos do presidente Lula como a personalidade de 2009. Pesaram também na escolha de Lula para o prêmio “Personalidade Global” —o equivalente a estadista do ano— no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça).

Em texto publicado na Folha de S.Paulo, sob o título “Os empregos que Lula deve”, o colunista Clóvis Rossi cobrou do governo Lula a geração dos 10 milhões de empregos prometidos durante a campanha de 2002. Na conta de Rossi, que considera o período 2003-2007, foram gerados 8,725 milhões de novos empregos.

Na realidade, os dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) revelam que foram contratados pela CLT e como estatutários 11.752.763 novos trabalhadores em todo o país. Desde o início do governo Lula, o número de trabalhadores em todo o Brasil cresceu 33,86%.

Esse dado revela a preocupação que o governo teve de equilibrar a economia ao mesmo tempo em que cuidava da distribuição de renda, via geração de emprego.

Porque o país precisa crescer economicamente, mas ampliando ano a ano o número de pessoas que irão fazer parte desse crescimento. Essa foi uma preocupação do governo desde seu primeiro dia de trabalho.

Mas é preciso reconhecer também a competência do governo Lula para dar esse salto. Sob o governo Lula, foram criados empregos até em ano de profunda crise internacional e sem pôr em risco o controle da inflação, a meta de superávit fiscal, o aquecimento da economia e as significativas reservas externas (US$ 250 bilhões).

O número de vagas criadas só em 2009 é 20% maior do que os 800 mil postos de trabalho criados em todo o segundo mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Há quem queira fugir dessa comparação. Mas o melhor para o Brasil é que neste ano de grandes definições façamos a comparação do governo Lula com o governo FHC, dos tucanos e de José Serra. Porque é isso que o país quer saber.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dirceu recebe apoio para voltar à Executiva do PT



AE - Agencia Estado


Ao lado de nomes como os deputados João Paulo Cunha (SP) e José Genoino (SP), este último presidente do PT,Dirceu foi confirmado no último fim de semana na lista de indicados da ala majoritária da sigla para compor o novo Diretório Nacional, que será instalado em fevereiro.



Nas próximas semanas, o presidente eleito do partido, o ex-senador José Eduardo Dutra (SE), vai se debruçar na montagem da Executiva Nacional, que reúne 18 postos estratégicos da hierarquia partidária, dá a linha de atuação da sigla e referenda decisões dos 81 membros do Diretório Nacional.

Apoiadores da volta de Dirceu afirmam que o PT não pode prescindir, em 2010, de quadros experientes e, principalmente, familiarizados com uma campanha presidencial. Esta é a primeira vez que a sigla se lança numa disputa pelo Palácio do Planalto sem ter o presidente Lula como candidato e encara o desafio de convencer o eleitorado a votar na chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Ex-homem forte do governo Lula e ex-presidente do PT, Dirceu trabalha há meses nos bastidores angariando apoio para a campanha de Dilma.

A preocupação com a busca de quadros qualificados para a Executiva costuma ser justificada por uma regra estatutária do PT. Pela norma, estão proibidos de permanecer na instância os integrantes que ocuparam o mesmo posto por dois mandatos consecutivos, assim como os que estiveram por três mandatos seguidos em funções diferentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

No Rio, Dilma já empata com Serra, aqui ela vai vencer

Domingo, Janeiro 24, 2010


Exceto em 1994 (com o Plano Real, FHC venceu de canto a canto) e no primeiro turno de 2002 (Garotinho, então governador, foi candidato), Lula sempre venceu no Rio, mesmo quando perdeu as eleições. Por seu lado, é um dos estados onde tradicionalmente o PSDB vai mal. Aqui, Dilma vai vencer. Para Serra, perder de pouco já será lucro. Pesquisa Vox Populi, mostram que os dois já estão tecnicamente empatados no Estado: ele com 27%, ela com 26%. Ciro Gomes tem 14% e Marina Silva, 9%.

O Vox Populi confirma uma tendência de crescimento da ministra no Estado, que já havia sido registrado pelo Datafolha, em Dezembro. Naquele levantamento, Serra liderava com 29%, seguido de Dilma, com 21%. Ciro tinha 14 e Marina, 12%. Na pesquisa de dezembro, o Datafolha mostrou também que na espontânea Dilma já estava numericamente na frente, com 7% contra 6% de Serra – Lula, que não pode ser candidato, estava com 17%.

Com dois fortes palanques no Estado (Garotinho e Sérgio Cabral), Olimpíadas 2016, a ministra deve continuar crescendo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Primeiro Premio de Estadista Global! né fraco não!!!!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), no dia 29. Esta é a primeira edição da homenagem, criada para marcar o aniversário de 40 anos do Fórum.






Conforme a organização do evento, o prêmio tem o objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar a situação do mundo. "O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade", disse o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado.





Segundo ele, esse compromisso tem seguido de mãos dadas com o objetivo de integrar crescimento econômico e justiça social. "O presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global."





A entrega do prêmio será feita pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e está prevista para às 11h30 (horário local; 8h30 de Brasília) do dia 29, quando o presidente brasileiro fará um discurso. Em seguida, terá início um painel de discussão sobre o Brasil. O objetivo é debater os atuais condutores do crescimento do País e os desafios à frente.





Entre os participantes do painel estarão o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o copresidente do conselho de administração da Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young e o vice-presidente do argentino Banco Hipotecario, Mario Blejer. Lula também fará o encerramento do painel sobre o Brasil.





terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Brasil hoje é respeitado no mundo graças ao nosso projeto de desenvolvimento com geração de empregos e distribuição de renda


O BRASIL começa o ano com reconhecimento da grande maioria da população brasileira e da comunidade internacional da competência com que o governo Lula enfrentou e superou os reflexos da crise econômica mundial iniciada em 2008. O espectro da turbulência ainda ronda inúmeras nações, mas aqui ainda há quem não dissimule a má vontade com a vitória que conseguimos, fechando 2009 com a criação de 1,4 milhão de empregos e a adoção de medidas que possibilitaram o Brasil retomar a trilha do crescimento sustentável.


Movida por motivos políticos-eleitorais, a oposição insiste em tapar o sol com a peneira e ofuscar, com o apoio de segmentos da mídia, a imagem do governo com factoides. Não apresenta nenhuma proposta concreta ao projeto em curso desde 2003. Às vésperas da campanha presidencial de 2010, o debate tem sido pobre e ainda inoculado de preconceitos que se julgavam superados.

Continua a bandinha da neoUDN, cujos acordes soam ao sabor da repercussão midiática de suas ações. No ano passado, tentou espalhar o pânico em torno da gripe suína, vencida pela ação eficaz do Ministério da Saúde. Criou-se uma CPI da Petrobras sem fato determinado; tentou-se surfar em declarações da ex-secretária da Receita Federal. Denúncias vazias que não resultam em nenhum avanço institucional.

Em contraste, os êxitos do governo do PT e aliados. De 2003 para cá, a significativa mudança social e econômica do país não surgiu por milagre.

Com responsabilidade, usando fundamentos econômicos inovadores que romperam com a lógica neoliberal do governo FHC, fizemos mudanças graduais, sem sobressaltos, resultando num quadro que elevou o Brasil a um novo patamar.

Na era FHC, a meta única era o combate à inflação, com as dívidas interna e externa subindo e a credibilidade caindo. Faltava infraestrutura, que limitava o crescimento econômico. Quase tudo dependia de fora, inclusive do FMI, do qual agora o Brasil é credor. O governo Lula manteve o combate e logrou uma taxa de inflação menor, mas ampliou a abrangência da política econômica e monetária. Abriram-se novos mercados para nossas exportações, que triplicaram, mas ao mesmo tempo estimulou-se o mercado interno de massas, com políticas de estímulo ao consumo e, por consequência, de aumento da cidadania. A dívida interna caiu em relação ao PIB. A externa, líquida, não existe mais.



Houve, portanto, um corte profundo em relação ao modelo anterior que gerou crises e quebrou o país três vezes. Em sete anos, recuperou-se o poder de compra da maioria da população, o volume de crédito à disposição da população alcançou níveis jamais vistos, com a menor taxa de juros em décadas. Em plena crise mundial, adotamos medidas estratégicas. O programa Minha Casa, Minha Vida, por exemplo, poderá, em 15 anos, resolver o histórico deficit de moradia do país. O país deverá chegar a 354 escolas técnicas no final de 2010, quase três vezes mais que o número existente em 2002; foi resultado de decisão estratégica, que já antevia a necessidade de preparação de mão de obra qualificada para o salto de desenvolvimento no país. O Estado foi fortalecido, e o Brasil ganhou força para enfrentar a crise. O salário mínimo teve um aumento real de 46% desde 2003, influenciando a pirâmide salarial. Para o PT e aliados, é evidente a necessidade de continuar e aprofundar o projeto vitorioso, que deu ao país uma nova feição, com grandes avanços em diferentes setores. O Brasil passou a ser respeitado no mundo graças ao nosso projeto de desenvolvimento com geração de empregos e distribuição de renda, preservando os interesses nacionais. O país deixou de ser subserviente aos interesses estrangeiros. Passou a ser ouvido sobre os destinos do mundo.

Para continuarmos o desenvolvimento nacional de forma altiva, o desafio em 2010 é mobilizar toda a sociedade para continuarmos avançando. Consolidar o projeto em curso.

Temos à frente, por exemplo, a obrigação de bem administrar os recursos do pré-sal para garantirmos, pela primeira vez, um desenvolvimento econômico com justiça social. Com o pré-sal o país poderá alcançar um patamar de grande potência, mas é preciso administrar seus recursos sob a ótica do interesse nacional. Por isso o convite à oposição para que apresente sua alternativa de governo. Afinal, em 2010, dois projetos serão cotejados pela população. Esse é o debate que se espera ser realizado de forma civilizada.

Desejamos que 2010 seja um ano de um grande debate político sobre o futuro do nosso país. Que seja um ano de saúde e paz para todos, da situação e da oposição.



RICARDO BERZOINI, 49, é bancário, deputado federal (PT-SP) e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.



Fonte: Folha de S. Paulo - 4 de janeiro de 2009

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Washington Post: Quem nasce pobre no Brasil já não está condenado a morrer na pobreza

GOVERNO LULA




Booming economy, government programs help Brazil expand its middle class



By Juan Forero

Washington Post Foreign Service

Sunday, January 3, 2010; A06



RIO DE JANEIRO --Teresinha Lopes Vieira da Silva vende pimentas e temperos numa banca de rua, mas o negócio dela não é improvisado.

Ela vende para os restaurantes mais chiques do Rio e vê seu sucesso refletido nas duas casas que comprou. Em vez de sobreviver, ela se juntou à classe média de um Brasil crescentemente afluente, suas conquistas tornadas possíveis por empréstimos do governo e uma economia em crescimento.

"Agora vivo em uma casa com seis cômodos", diz Vieira da Silva, 62, falando em sua casa na Rocinha, um distrito pobre mas movimentado por um grande número de empreendedores. "Não tem uma piscina ainda, mas estou planejando construir uma".

Um dia afetado pela alta inflação e perenemente suscetível às crises mundiais, o Brasil agora tem um mercado consumidor vibrante, grau de investimento para sua dívida soberana, vastas reservas de moeda e um setor agrícola que está tentando suplantar o dos Estados Unidos como o mais produtivo do mundo.

A economia de U$ 1,3 trilhão é maior que as da Índia e Rússia e a renda per capita é quase o dobro da renda per capita da China. Recentes descobertas feitas pela companhia estatal de petróleo vão tornar o Brasil um dos maiores produtores mundiais de petróleo. Uma burocracia invencível não atrapalhou o investimento estrangeiro, que foi de 45 bilhões de dólares em 2008, três vezes mais que uma década antes.



Economistas e cientistas sociais daqui dizem que uma economia voltada para o comércio mundial e programas governamentais inovadores estão tirando milhões da pobreza e acabando com o que antes era uma certeza: que uma pessoa nascida pobre no Brasil morreria pobre.



Progresso sólido, tangível

Desde 2003, mais de 32 milhões de pessoas neste país de 198 milhões entraram na classe média, e cerca de 20 milhões sairam da pobreza, de acordo com o Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, um grupo do Rio que faz estudos socioeconômicos.

"Podemos gerar crescimento com inclusão como nenhum outro país pode, dado o tamanho do país e os níveis de desigualdade", diz Marcelo Neri, economista-chefe do centro. "O Brasil está seguindo o que você pode chamar de caminho do meio. Estamos respeitando as leis do mercado e, ao mesmo tempo, estamos fazendo uma política social muito ativa".

Desde 2002, um boom das commodities promoveu o crescimento forte e diminuiu a pobreza em toda a América Latina. Mas o progresso do Brasil é talvez o mais notável porque o país tem mais gente pobre que qualquer outro país da América do Sul e por muito tempo esteve entre as sociedades mais desiguais do mundo.

Neri diz que o Brasil fez progresso sólido criando 8,5 milhões de empregos desde 2003, e instituindo programas como assistência de alimentação para famílias pobres e crédito de baixo custo para compradores de casas e donos de pequenos negócios.



A mudança foi tangível para gente como Thiago Firmino, 28, um professor. Ele vive em um lugar pobre por toda sua vida, mas tem um automóvel e um computador e diz que a vida do filho dele será mais fácil.

"Muita gente melhorou de vida", ele disse. "Não é que tenham construído um castelo mas, você sabe, deram pequenos passos e melhoraram".

A fundação para o sucesso de hoje foi assentada no governo de Fernando Henrique Cardoso, um acadêmico-tornado-político mais conhecido por controlar a inflação na metade dos anos 90. O homem que ficou com a maior parte do crédito foi seu sucessor, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, que como líder sindical um dia combateu a globalização.

A eleição de Lula para a presidência em 2002 causou arrepios na elite econômica do Brasil, que se preocupou que um ex-ativista poderia levar o país por um caminho populista, anticapitalista, como Hugo Chávez fez na Venezuela.

Lula acabou fazendo do fim da pobreza sua prioridade, mas ele também se mostrou um líder amigável ao mercado e hoje é popular na comunidade de negócios do Brasil.



Com a Ásia faminta por soja, carne e minério de ferro, o crescimento econômico do Brasil foi em média de 4,2% entre 2003 e 2008, um ano em que o investimento estrangeiro no país teve um aumento de 30% em relação a 2007, de acordo com a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe. A crise econômica mundial causou uma breve queda aqui, mas economistas dizem que o Brasil terá crescimento de 5% em 2010.

Na Sul América Investimentos, em São Paulo, Marcelo Mello, vice-presidente de asset management, disse que no passado os investidores se preocupavam com a inflação e os juros altos.



Agora, impulsionada por investidores brasileiros, a Sul América gerencia 9 bilhões de dólares, três vezes mais que cinco anos atrás. "Nos últimos dez anos, vimos um grande movimento em nossos fundos industriais e nos mercados brasileiros", ele disse.

O mercado de ações está produzindo um número recorde de bilionários e a riqueza no Brasil é palpável. Apartamentos luxuosos estão crescendo em bairros da moda e as lojas mais exclusivas do mundo, da Tiffany's à Gucci, consideram os mercados de Rio e São Paulo férteis.



Entusiasmados com o futuro

Naturalmente, a maioria dos brasileiros está longe de ser rica. Nas vastas comunidades urbanas pobres muitos jovens se voltam para as drogas, a qualidade das escolas públicas é baixa e os serviços básicos como a saúde são cronicamente mal financiados, dizem os moradores.



"Você acredita que isso serve a 150 mil pessoas?", diz Flavio Wittlin, que organiza um grupo que ajuda a tirar gente jovem das ruas no momento em que passava por um pequeno centro médico na Rocinha. Ele disse que vários serviços no bairros, da coleta de lixo ao policiamento, estão abaixo do desejável.

Ainda assim, a Rocinha está cheia de oficinas e pequenas lojas, muitas delas existentes graças a empréstimos governamentais.

Embora os grupos industriais gigantes do Brasil, como a fabricante de aviões Embraer e a mineradora Vale atraem investidores e manchetes, o futuro também tem raiz em negócios como a loja de costura do Alan Roberto Lima.



A loja, no segundo andar de sua casa em uma vizinhança de um bairro da periferia do Rio, tem apenas meia dúzia de máquinas. Mas Lima, 34, descobriu em alguns anos descobriu que as lojas e boutiques chiques do Rio poderiam vender as saias e blusas que ele produz.

Agora ele já fala em lançar sua própria linha de roupas e, se ela for um sucesso, em abrir uma loja.



"De preferência", acrescentou, "perto da praia".